Seminário Brasil – Canadá em Mobilidade Urbana
“só senti necessidade de ter um carro quando fui morar em são Paulo” Esta frase que marcou o evento e deixa claro que o planejamento da cidade é refém da indústria do automóvel foi da Sra. Lisa Carchia, representande de Desenvolvimento de Negócios globais da CRCR, durante o Seminário Brasil – Canadá em Mobilidade Urbana que aconteceu nesta terça 19 na sede da FIEP em Curitiba.
O tema mobilidade urbana deve nortear as próximas eleições, muitos debates sobre sustentabilidade e provavelmente deve ser o motivo de problemas futuros para as grandes cidades brasileiras. Basta ver o constante aumento dos deslocamentos com automóveis e a crescente necessidade de pesados investimentos no transporte coletivo. Essa é a equação da boa mobilidade que deve ser calculada pelos nossos governantes que não conseguem perceber os prejuízos causados pelo automóvel e tão pouco enxergam os benefícios de investir em modais coletivos e mais sustentáveis. É questão de tempo e o Brasil vai ter que migrar para uma mobilidade mais equilibrada e menos caótica, mesmo porque até agora não foi apresentada nenhuma solução melhor para o trânsito do que humanizar as cidades desestimulando o uso do transporte individual.
O Sr. Cléver Ubiratan do IPCC deu inicio aos trabalhos apresentando números relacionados à mobilidade de Curitiba. Mostrou o que foi feito e quais os planos para o futuro da cidade, incluindo uma breve explanação sobre a implantação do metrô.
O SecretárioMunicipal de Trânsito, Marcelo Araujo, fez uma apresentação muito interessante. Falou das controvérsias da resolução 315 que classifica as bicicletas elétricas como ciclomotores, e ainda contou a história dos ciclomotores no Brasil proporcionando uma agradável volta ao passado.
David Miller, ex-prefeito de Toronto, demonstrou qual foi a estratégia de um ambicioso plano, que investiu ao longo de décadas em bairros que eram extremamente carentes de transporte coletivo, conseguindo o que muitas vezes dizem ser impossível, tirar dos cidadãos a dependência dos automóveis oferecendo um transporte coletivo digno.
Alain Ayotte, presidente da PBSC – Public Bike System Company, explanou direto de Montreal, por videoconferência, sobre o BIXI – sistema de empréstimo de bicicletas. Destacou que apesar do clima desfavorável, a quantidade de pessoas que utilizam o sistema é bem expressiva.
Este relacionamento do Brasil com o Canadá não é recente, várias empresas de grande porte tem negócios no Brasil há muitos anos, por conta disto tivemos curtas apresentações de fornecedores e prestadores de serviços relacionados ao transporte coletivo com fabricas ou escritórios no Brasil. Segue a lista: Bombardier, Candian Rail Collision & refurbish inc, Caterpilar, Tuneling Canada Corp, Conselho nacional de pesquisa do Canadá- Transportes terrestres, EDC, Delcam Corporation, Genetec Inc, SNC Lavalin, Thales Group e trapeze